Ele deixou o governo após vir à tona delações de que teria recebido R$ 1 milhão em propina
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PAULO GIANDALIA/ESTADÃO CONTEÚDO |
O advogado José Yunes, ex-assessor e amigo pessoal do presidente Michel Temer (MDB), foi preso nesta quinta-feira (29/3) pela Polícia Federal. A medida foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele está sendo investigado no inquérito que apura se decretos presidenciais favoreceram empresas do setor de portos em troca de propina.
O nome de Yunes aparece em pelo menos duas delações premiadas. O lobista Lúcio Funaro disse que entregou a ele dinheiro vivo oriundo da Odebrecht. A quantia foi de R$ 1 milhão.
Yunes deixou o governo após vir à tona delação do ex-executivo da companhia Claudio Melo. Ele narrou no depoimento para a Lava Jato reunião em 2014 em que Temer teria pedido dinheiro a Marcelo Odebrecht para o MDB. Dos R$ 10 milhões, R$ 6 milhões seriam para campanha de Paulo Skaf e R$ 4 milhões para o ministro Eliseu Padilha distribuir.
Eliseu Padilha foi quem teria pedido que Lúcio Funaro fizesse a entrega de R$ 1 milhão a Yunes. O ex-assessor, que esperava receber o dinheiro de um desconhecido, foi surpreendido com o lobista no seu escritório em São Paulo. Os dois não se conheciam pessoalmente, mas Yunes sabia de quem se tratava.
Em depoimento no ano passado à Procuradoria-geral da República (PGR), Yunes admitiu ter recebido o dinheiro. Mas afirmou desconhecer se tratar de propina.
Fonte:Metrópoles
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