
O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ)
O deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou nesta quarta-feira, 14, que vai apresentar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara um convite para que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, se explique ao colegiado sobre o fato de ter adiantado andamento de investigação da corporação. Se o chefe da PF não comparecer espontaneamente, Molon vai requerer a convocação do superior direto de Segovia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim. O titular da PF também já está convocado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima segunda-feira, dia 19, a prestar esclarecimentos. Segovia comentou em entrevista à agência internacional de notícias Reuters que as investigações não encontraram provas de irregularidades envolvendo o presidente Michel Temer no chamado Decreto dos Portos. Na entrevista, ele indica que a corporação vai recomendar o arquivamento do inquérito aberto contra o emedebista no STF. Molon disse que as declarações de Segovia causaram indignação em todos que querem ver investigados os indícios de crimes supostamente praticados por Temer e quer “que ele se explique ou se retrate dos absurdos que disse”. “Caso o chefe da PF não atenda ao nosso requerimento, nós convocaremos o seu superior hierárquico, o ministro da Justiça, cuja eventual ausência consistirá em crime de responsabilidade. Por tudo isso, sinceramente acredito que o chefe da Polícia Federal preferirá comparecer e tentar desfazer o mal-estar causado por suas declarações”, disse o deputado. Assim como as outras comissões temáticas da Câmara, a CCJ só deve retomar seus trabalhos em março, com a eleição dos presidentes dos colegiados. Caberá ao novo presidente da CCJ pautar o requerimento para votação na comissão.
Estadão Conteúdo
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