
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta quinta-feira, 28, que colegas do senador Aécio Neves (PSDB/MG) criam um ‘clima de solidariedade e comiseração’. Em entrevista à Rádio CBN, o ministro disse que no caso de Aécio ‘não há uma dúvida razoável’, ao se referir às provas contra o senador na Operação Pátmos, que aponta repasse de R$ 2 milhões ao tucano pelas mãos do empresário Joesley Batista, da JBS. Nesta terça-feira, 26, os ministros da Segunda Turma do Supremo, por três votos a dois, decretaram o afastamento de Aécio de suas funções parlamentares e impuseram a ele recolhimento noturno, medida diversa à prisão, prevista no artigo 319 do Código de Processo Penal. A decisão provocou reação dos pares de Aécio que, no Senado, buscam salvá-lo. “O senador Aécio Neves já havia sido afastado por decisão da Segunda Turma (do Supremo)”, disse Fux. “Na verdade, o que a Primeira Turma (à qual ele integra) fez foi exatamente restabelecer a decisão da Segunda Turma através de um recurso que foi interposto pelo Ministério Público.” O ministro fez referência a outros personagens ligados a Aécio que acabaram presos na Operação Patmos, deflagrada em abril, inclusive um primo do senador, Frederico. “Entendemos que não seria isonômico, em primeiro, que todos aqueles que cumpriram as ordens do senador estivessem cumprindo medidas restritivas e ele, que figurava, pelo menos no início, como mandante daqueles atos, não sofresse nehuma medida de restrição.”
Estadão
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